Jubileu dos Seminaristas da Província de Diamantina

Chamados à Alegria do Evangelho: um Jubileu Vocacional. Entre os dias 7 e 9 de julho, seminaristas das cinco dioceses da Província Eclesiástica de

Chamados à Alegria do Evangelho: um Jubileu Vocacional.

Entre os dias 7 e 9 de julho, seminaristas das cinco dioceses da Província Eclesiástica de Diamantina – Araçuaí, Almenara, Teófilo Otoni, Guanhães e Diamantina – se reuniram na cidade de Diamantina para viver o Jubileu, sob o tema: “Chamados à Alegria do Evangelho: Um Jubileu Vocacional”. Foram três dias de convivência fraterna, partilha, oração e formação. Estiveram presentes 53 seminaristas, acompanhados de seus formadores e bispos diocesanos, em um clima marcado pela escuta, pela comunhão e pelo desejo de aprofundar a própria vocação.

A assessoria do encontro foi conduzida pelo padre Marcos Tiago, reitor do seminário da Diocese de Luz, e pelo seminarista Ruan, também da mesma diocese. A proposta foi ajudar-nos a refletir com mais seriedade e profundidade sobre o processo formativo, compreendendo que ser seminarista não é apenas cumprir uma etapa, mas percorrer um caminho de transformação contínua.

Durante o jubileu, refletimos sobre a imagem do seminarista como peregrino, aquele que tem um destino claro, que caminha com sentido. Diferente do andarilho, que caminha sem direção, o peregrino sabe para onde vai. A formação é esse processo, não apenas uma estrutura, mas um caminho que vai moldando a pessoa por inteiro.

Um ponto forte do encontro foi a reflexão sobre a esperança como dom de Deus. Fomos chamados a renunciar às expectativas vazias e inseguras que muitas vezes nos paralisam, para nos abrirmos à esperança cristã, que sustenta mesmo diante das incertezas. Foram apontados também os pecados contra a esperança, como o apego ao passado, o medo do futuro e a desconfiança das pessoas – atitudes que nos afastam da alegria de seguir a Cristo. Outro tema importante foi a liberdade, trabalhada a partir de quatro aspectos: (1) liberdade de si mesmo, (2) das coisas materiais,(3) do outro, (4) e das ideologias. Percebemos que seguir Jesus exige um coração livre, sem apegos que nos aprisionem por dentro. Também revisitamos a importância das obras de misericórdia e da experiência do perdão como expressões concretas da vocação cristã. O seminarista é chamado a ser, antes de tudo, alguém que testemunha a misericórdia, e isso começa nas pequenas atitudes do cotidiano formativo.

Além dos momentos formativos e espirituais, tivemos uma noite fraterna e cultural, marcada pela leveza, música e convivência alegre entre os seminaristas. Também realizamos uma visita ao centro histórico de Diamantina, oportunidade de conhecer a rica herança cultural e religiosa que faz parte da história da nossa Igreja em Minas Gerais.

Ao final, ficou a certeza de que o seguimento de Cristo precisa ser alimentado por um encantamento verdadeiro. Deixar-se transformar por Ele é o que torna o seminário um tempo fecundo, pelo qual vocação e humanidade caminham juntas. Este jubileu foi um tempo de reencontro com o chamado, de fortalecimento dos laços entre os seminaristas e de renovação do desejo de seguir a Cristo com liberdade, alegria e verdade.

 

Lucas Benício (seminarista do 2° ano da configuração)

 

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